Ano terra: 1992
Local: Oceano Atlântico - Carnivalia - Esconderijo.

O grupo estava reunido no seu esconderijo. Henry parecia mais no centro mostrando alguns mapas e documentos, enquanto Bé e Filipe pareciam olhar tentando prestar o máximo de atenção. Henry então remexia os papeis, e mostrava uma foto de uma entrada.


Henry: Aqui, é onde tem as informações cruciais sobre o submarino.
Bé: Que tipo de informações?
Henry: Saberemos quando pegar elas.
Bé: Como sabes que atrás dessa porta de ferro tem informações que nos podem ajudar?
Henry: Como podes ter reparado na "porta de ferro", ela é resistente, então está protegendo algo.
Filipe: Ah sério? Bem. No entando não fazemos a menor ideia do que está atrás dela.
Henry: Por isso mesmo que precisamos de chegar até lá.
Filipe: E se forem meros recursos?
Henry: Bem...
Jasmine: Deveríamos tentar ver de qualquer jeito.
Bé: Está bem, e onde isso ai está?
Henry: Foi tentando entrar nela que eu fui pego ontem com meus amigos. Ela está bem trancada e é muito dificil, talvez impossivel de derrubar.
Bé: Como podemos entrar lá então?
Henry: Beeeem...
Filipe: Também não sabes?
Henry: Estou a falar para pensarmos em algo.
Bé: Dá para encontrar as chaves dela?
Henry: Possivelmente estão com Eddie.
Jasmine pegava na foto observando ela.
Bé: Então mais vale abordar...
Filipe: Talvez consigas encontrar no quarto dele.
Bé: Não vou entrar lá...
Filipe: Então eu posso fazer-lo.
Bé: Não insistas nisso. Mais vale arrumar outro jeito.
Henry: Tipo como? Não existe modo de derrubar a porta de modo silêncioso só pra verificar o que está por trás, e iria deixar vestigios e rastos e podemos ser descobertos.
Jasmine: A fechadura não parece tão boa assim.
Filipe: Achas que consegues dar uma de James Bonds e abrir a fechadura com um clipe do cabelo?
Jasmine: Por quem me tomas? Tenho cara de quem arromba casas?
Bé: Claro que não. Tens cara de quem vive em uma casa de bonecas.
Filipe ria com o comentário enquanto Jasmine mostrava um ar estranho, enquanto Henry se mostra pensativo.
Henry: Talvez dê para queimar a fechadura e fazer parecer um acidente qualquer, ou um mini incendio ou assim.
Filipe: Ninguém aqui tem um isqueiro eu suponho, mas mesmo assim isso iria levar horas e iria derreter aquilo de forma que se calhar nem abria mais.
Jasmine: Não se for feito por alguém que saiba o que está a fazer.
Bé: Esse alguém não é nenhum de nós eu suponho?
Jasmine: Soube que tem uma alquimista na cidade, talvez ela nos possa ajudar.
Henry: Eu conheço ela. Magda não vai nos ajudar.
Jasmine: Porque não?
Henry: Tenho a certeza que deve andar ocupada procurando uma pedra filosofal qualquer.
Bé: Se ela nos pode ser util, então eu posso ser convincente.
Henry: Não conheces ela, ela é egoísta, egocêntrica, arrogante, detestável, feia e sem noção de nada!
Filipe: Espera, dizes-te feia?
Bé: Isso não importa!
Jasmine: Talvez estejas a exagerar um pouco.
Henry: Isso porque não a conheces! Prefiro ir ali abrir a fechadura com os dentes!
Bé: Precisamos dela! E bem, e eu estou pouco me fodendo se tentasses abrir a fechadura com os dentes desque ela seja aberta!
Jasmine: Bé tem razão.
Bé: Otimo, lembra-me de lhe pagar uma ida ao dentista.
Jasmine: Não nessa parte!
Jasmine: Na parte que falas-te que precisamos dela!
Bé: Ata.
Henry: Otimo. Como é suposto convence-la a ajudar nos? "Hey olha só, sei que odeias todo o mundo, mas eu preciso de ajuda para abrir uma porta!"
Filipe: Já que te ofreces-te para seres tu a falar com ela... Sei que te vais sair bem.
Henry: Eu... Aff.
Henry faz um pequeno suspiro, eles ficam os três olhando para Henry ouvindo o que ele tem para dizer.
Henry: Mesmo que minha ficha criminal já tenha sido apagada não vale a pena andar me exibindo tão cedo, muito menos andar por ai pela cidade feito tolo ah procura de uma alquimista.
Bé: Não deveríamos julgar a pessoa pelo seu emprego, muito menos por sua aparência.
Bé olha para Jasmine que esboçava um pequeno sorriso timido, então Filipe fala.
Filipe: Muito bem, eu vou falar com ela para nos arranjar algo que consiga abrir a fechadura, pago a quantia e os custos e volto para aqui. Depois nos reunimos e vamos abrir essa porta e pegar nas informações.
Jasmine: Gosto desse plano.
Filipe: Obrigada.
Henry: Tá, tá. Mas não dês muita confiança a essas pessoas lá da familia Rahner.
Jasmine: Porque não?
Henry: Não são de confiança.
Jasmine: Têem motivos para não ser. A sua lider, ela...
Então Jasmine olha para Bé e Filipe que se questionavam porque Jasmine parou de falar.
Jasmine: Passou maus tratos pelo Eddie.
Bé: São apenas boatos.
Ela opta por não falar nada e então Filipe pega em algumas coisas.
Filipe: Ok então Henry. Onde eu posso encontrar ela?
Henry: Em Nárnia. Decerto ela anda por lá procurando pedras e tentando criar um elixir da vida qualquer.
Bé: Onde fica Nárnia?
Jasmine encolhe os ombros.
Filipe: Henry... Colabora.
Henry: Eu sei lá! Procura no mercado, possivelmente ela vai lá comprar materiais.
Filipe: No mercado então.
Bé: Eu vou contigo.
Filipe: É melhor não darmos muito nas vistas, eu vou sozinho.
Filipe então arruma algumas de suas coisas e sai do esconderijo, Jasmine puxa Bé pelo braço falando com o mesmo.
Jasmine: Podemos ir no shopping juntos.
Jasmine: Eu digo... Vai que ela vai comprar outras coisas ao invés de materiais desses.
Henry: O que pode uma alquimista desmiolada querer comprar em um... Shopping?
Jasmine: Uhhm... Potes?
Henry: Potes?
Henry fica olhando para Jasmine.
Jasmine: Tu sabes, frascos.
Henry: ...
Jasmine: Para fazer suas poções?
Henry: ...
Jasmine: Olha cala-te!
Henry: But... Ehr....
Bé acena que não com a cabeça olhando para Henry.
Bé: Sawyer, Sawyer, todos sabemos que o mais importante em alquimistas são seus potes e frascos.
Henry: Tenho quase a certeza que não sabes o que é um.
Bé: Claro que sei.
Henry: O que é?
Bé: Se estás me a perguntar é porque és tu quem não sabe.
Henry: ...
Jasmine: Vamos!
Então Jasmine puxa Bé pelo braço para fora do esconderijo deixando Henry sozinho. Henry suspira e a cena muda para Filipe que caminhava até ao mercado..
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Filipe: Bem... Como é suposto agora eu encontrar uma pessoa em especifico?
Filipe olha em volta e vê várias pessoas no comércio, alguns vendedores fornecendo produtos a aldeões, outros trabalhadores ali perto, e gente de várias familias diferentes.
Filipe: Talvez seja melhor perguntar em um lugar especifico... Tenho a certeza que o ferreiro deve ter contacto com ela.
Então ele caminha procurando a forja do ferreiro, ele abre o estabelecimento e entra, porem do nada alguém lhe acerta com uma vassoura na cabeça.
Filipe: AH mas que caralho!
Ele olha para o lado e vê o fachineiro local reclamando com ele.
Filipe: Porra Giverlok, isso foi porque?
Giverlok: Para aprenderes a limpar os pés antes de entrar! Não ando eu a varrer isso todos os dias para entrar aqui um imundo todo sujo!
Filipe: Eu nem sabia que trabalhavas aqui.
Então Filipe ia para o tapete sacudindo os és, enquanto Giverlok o olhava de lado, então Filipe continuava a caminhar passando ao lado de um pequeno balcão. Ele ouvia o som de um martelo a bater em ferro, então ele ia até a sala da forja onde estava o ferreiro trabalhando em algo.
Filipe: Olá, bom dia.
Ferreiro: Como sabes que é bom dia?
Filipe: Bem, no meu relógio diz que é de dia.
Ferreiro: Mas consegues ver o dia? Sendo que onde vivemos não existe sol ou lua? E consegues distinguir se o dia é bom ou se é chuvoso pelo teu relógio?
Filipe: Bem... Isso realmente dá o que pensar, mas na verdade não estou aqui por isso.
Ferreiro: Não queres conversar? Ok então.
Então o ferreiro parava de bater no item que estava a trabalhar, ele limpa a testa com seu braço livre e olha para Filipe, então ele comenta.
Ferreiro: Se estás a procura de armas, não te irei fazer nenhuma, "Mr. Edward" proibiu o seu fabrico.
Filipe: Na verdade, eu só vim perguntar por uma informação.
Ferreiro: Afinal queres conversar então? Muito bem, não me dá lucro, mas podes falar.
Então o trabalhador se virava olhando para o item voltando a dar algumas marteladas.
Filipe: Posso lhe pagar as informações.
Ferreiro: Então precisas de realmente informações importantes ao ponto de me pagares por elas?
Filipe: Talvez nem tanto.
Ferreiro: Guarde o seu dinheiro rapaz. Eu trabalho para ganhar o meu, fala só logo o que queres.
Então ele pousava o martelo e levantava o item, que parecia uma placa de ferro, ele apenas desvia o olhar para Filipe quando o mesmo lhe pergunta.
Filipe: Soube que tem uma alquimista na cidade, preciso de a encontrar.
Ferreiro: Pra que?
Filipe: Questões de trabalho.
Ferreiro: Não é uma questão de trabalho, porque se fosse, estou cá eu.
Então ele pousava o item, o homem parecia ser bem inteligênte, porem Filipe não queria revelar o que estava a acontecer e apenas fala.
Filipe: Bem, talvez seja mais do que trabalho, e talvez seja algo que não diga a respeito a mais ninguém.
Filipe então dava a entender que eram motivos pessoais, Ferreiro então questionava.
Ferreiro: Qual o teu nome?
Filipe: Henry Sawyer.
Então o ferreiro parecia acreditar, e sendo praticamente enganado por Filipe.
Ferreiro: Soube que vocês se odiavam de morte, fico feliz que queiram resolver as coisas.
Então o homem finalmente pousava o trabalho e se aproximava de Filipe, ele falava algumas ruas e lhe dava indicações da localização. Então a cena muda para Bé e Jasmine.
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Eles caminhavam a passar por várias lojas, Jasmine parecia bem animada olhando por algumas vitrinas, enquanto Bé a acompanhava. Estes entravam no andar de cima olhando para a beleza das lojas, com várias pessoas por ali conversando ou comprando coisas, Bé observa também de modo curioso.
Jasmine: Não custumas vir muito aqui pois não?
Bé: Nem por isso.
Jasmine: Olha só.
Ela então puxava Bé pela T-shirt mostrando um estabelecimento especifico.
Jasmine: Aqui onde eu fiz meu penteado.
Bé: Sério? Talvez faça outro ai.
Jasmine: Eu gosto das tuas rastas. Ficam te bem.
Bé: Que bom. Tenho a certeza que deves passar muito tempo nesse cabeleireiro.
Jasmine: Não tanto quanto eu gostaria. Minha familia... Ficou um pouco pobre. Então eu evito gastar muito dinheiro.
Bé: Olha só, está estragado isso?
Ele se aproxima de um placar que costumava piscar, Jasmine então vai até a parece abrindo um quadro de luz, e puxa uma alavanca que liga o placar.

Eles olhavam de longe para o placar brilhando.
Bé: Alah, é um soldadinho de chumbo?
Jasmine: É publicidade, daquela loja de presentes.
Ela apontava para o lado e então Bé fala.
Bé: Uma loja de presentes? Vem, eu vou te comprar um.
Bé se virava para o lado e começava a caminhar. Então Jasmine segurava na T-shirt de Bé, ela levantava as pontas dos pés e se inclinava para trás, Bé estando distraido a puxa um pouco arrastando ela pela parte de trás dos pés.
Jasmine: Espera!
Então Bé parava e se voltava de novo para ela.
Jasmine: Eu não preciso de presentes.
Bé: Claro que não. Mas o que conta é a intenção não é?
Jasmine: Tu já me deste um presente?
Bé: Qual?
Jasmine: A tua companhia.
Jasmine virava um pouco o rosto para o lado, ela não fazia muitos elogios. Então ele mostrava um pequeno sorriso, que não era muito visto em seu rosto naquela epóca.
Jasmine: Vem, vamos no teatro.
Bé: Acho que não está a rolar nenhuma peça neste momento.
Jasmine: Quem se importa?
Então Jasmine caminha com Bé, eles praticamente corriam por umas escadarias pelas tão belos establecimentos de Carnivalia, Bé seguia ela até ao teatro local, que parecia abandonado naquele dia, visto que não havia sequer qualquer evento a decorrer ou sequer marcado.

Bé: Nós não deveriamos estar aqui.
Jasmine: Porque não? Ninguém quer saber.
Jasmine vinha até ao pequeno palco, enquanto Bé ficava mais afastado. Ela fazia umas pequenas danças de valet possivelmente actuando, enquanto Bé apenas observa.
Bé: Não, ainda não sabes dançar.
Jasmine: Eu tive aulas de dança!
Bé: Não significa que tenhas aprendido.
Jasmine ria enquanto puxava algumas cortinas, apenas mexendo nas mesmas quando fala para Bé.
Jasmine: Vem aqui, faz uma atuação qualquer.
Bé: Eu? Sou horrivel a representar.
Jasmine: Bem... Eu pensei que fosses um bom palhaço.
Ele mostrava um ar pensativo e então respondia de um jeito menos animado.
Bé: É diferente. Um bom palhaço não representa, ele simplesmente é.
Jasmine: Vocês improvisam?
Bé: Mais ou menos. Temos temas para as palhaçadas, mas fazemos elas do jeito que queremos.
Jasmine: Faz uma demonstração!
Jasmine desce do palco e vem puxando Bé até ele e se afasta um pouco.
Bé: Como assim?
Jasmine: De palhaço.
Bé: Ah é que...
Jasmine: Vai, faz me rir.
Bé: Eu não estou muito animado para isso.
Jasmine: Conta umas piadas qualqueres.
Então algum silêncio é feito por Bé que ficava estranhamente quieto, sem falar nada ou se mover muito.
Bé: ...
Jasmine: Desculpa, eu não insisto mais nisso.
Bé: Não é isso. Não estás a ouvir algo?
Então Jasmine parava quieta também e podia se ouvir o som da voz de uma mulher ao fundo gritando e reclamando, possivelmente ela estaria correndo.
Jasmine: O que?
Bé: Vem ai alguém, não podem nos ver aqui.
Jasmine: Anda.
Ela puxa Bé ambos não têem muito tempo e se escondem debaixo de uma mesa enquanto os distantes passos ficavam cada vez mais perto e surgia pelos backstages do palco, uma mulher. Ela era justamente a representante da familia Rahner, ela era chutada por Eddie fazendo a mulher cair pelo centro do palco.

Jasmine e Bé ficavam deitados de barriga para baixo, debaixo da mesa espreitando. Bé ficava completamente inquieto ao ver seu pai, porem Jasmine colocava seu braço direito por cima de Bé e aproximava seu rosto dele.
Jasmine (Sussurrando): Xihhh... Ele não nos viu.
Ele se acalmava um pouco e Eddie tirava das costas uma faca, que estava espetada perto do ombro dele, parecia uma faca de cozinha, ele observa a faca enquanto se aproximava de Rahner.
Eddie: Uma facada nas costas? Sério? BUhahaha. Olha só, desde quando te tornas-te em uma lutadora amadora? Se quiseres eu posso te ensinar algumas coisas.
Rahner: Eu te odeio Eddie! Eu te odeio!
Eddie: Eu também odeio todo o mundo e não me vês por ai matando geral que eu odeio! Bem na verdade vês, mas eu sou profissional nisso!
Rahner: Tu não mereces liderar esta cidade! Assassino de merda!
Bé parecia ficar bem inquieto porem ele era abraçado por Jasmine que o ficava a acalmar em silêncio.
Eddie: Eu mereço! Esta cidade, fui eu que contrui ela! E não foi para gente como TU mandar.
Rahner: O projecto nem era teu! Era meu, isto me pertence por direito!
Eddie: Avah, cadê aquela Rahner daria qualquer coisa pela sua miserável e irrelevante vida? Tem nem graça te torturar mais.
Rahner: Eu te mato mais tarde ou mais cedo! Psicopata nojento!
Eddie jogava a faca suja de sangue para o chão para perto de Rahner.
Eddie: Vai em frente. Quero te ver tentar.
Rahner mostra um ar de rancor e pegava na faca enquanto se recompoe, Eddie virava as costas que já tinha lá uma marca.
Eddie: Vai, fere me como se tua vida depende-se disso... Que por acasso até depende, buahuaha.
A mulher apertava a faca com a mão e se levantava, ela tentava saltar nas costas de Eddie e se pendurava nele, então Rahner levanta a faca com a mão direita e tentava o atingir no pescoço, porem Eddie conseguia prever o golpe e com sua mão agarra o pulso direito dela impedindo o golpe.
Eddie: Tão previsível.
Eddie então jogava seu corpo para trás e atirava Rahner com um Takedown, fazendo esta dar a volta e cair de costas no chão, ele então torcia o pulso dela fazendo esta reclamar e largar a faca, Rahner se tenta levantar porem Eddie apoia seu joelho no corpo dela a impedindo, ele agarra na faca e fala.
Eddie: E agora? Já chegamos na parte que imploras pela vida?
Rahner: Vai te foder!
Rahner cospe na cara de Eddie, que limpa com seu braço. Ele olhava para Rahner se remexendo.
Eddie: Muito bem então.
Eddie então acertava uma cotovelada nela fazendo esta ficar mais quieta, então Eddie com a mão esquerda segura nela pelos cabelos, e a aproximava a direita do pescoço a mesma. Lá debaixo da mesa Bé e Jasmine continuavam a observar.
Jasmine (Sussurrando): Ele vai matar ela, precisamos fazer algo.
Bé (Sussurrando): Se interferimos ele corta meu olho fora e mata ela de qualquer jeito.
Jasmine (Sussurrando): Não podemos deixar ela morrer...
Então Bé pensa um pouco, ele com um ar completamente indignado, pega no seu telemovel e liga para Eddie. Este sente seu telemovel a tocar desviando sua atenção.
Eddie: Ahhh, agora não! Logo na melhor parte?
Ele com sua mão esquerda desliga e volta a agarrar em Rahner pelos cabelos, então voltam a lhe ligar.
Eddie: Porra. Segura aqui.
Eddie espeta a faca no braço de Rahner que começava a gritar com dores. Eddie com a mão esquerda lhe tapava a boca segurando nela e tentando abafar os gritos.
Eddie: É para segurares mas é para tares calada!
Então ele com a mão direita atende o telemovel e fala.
Eddie: O que queres seu filho dum cabrão?
Bé (Sussurrando): Ahh.... Pai...
Eddie: Estou ocupado!
Ele fazia mais pressão com a mão esquerda sufocando Rahner.
Bé (Sussurrando): Precisamos falar sobre aquilo de ontem.
Eddie: Isso pode esperar.
Bé (Sussurrando): Agora, pai.
Então Eddie mostrava um ar pensativo e após um suspiro, fala.
Eddie: Tá bom, nos encontramos no escritório.
Então ele desligava o tele o guardando, e fala para Rahner.
Eddie: Esta "conversa" ainda não acabou.
Ele então se levantava se queixando de seu próprio ferimento e saia do teatro, enquanto Rahner ficava reclamando de dores. Enquanto quando finalmente Eddie saia do recinto, Jasmine e Bé rastejavam para fora da mesa indo socorrer a mulher.
Bé: Miss Rahner?
Jasmine: Ela não me parece bem.
Rahner: Ahhr... Quem são vocês?
Bé: Eu sou Bé.
Rahner: O que é um Bé?
Jasmine: Estamos aqui para lhe ajudar.
Rahner: Que bom...
Então Jasmine e Bé levantavam ela, Bé falava.
Bé: Precisamos de tratar do ferimento dela.
Jasmine: Precisamos?
Bé: Sim.
Jasmine: Eu preciso. Tens que ir ter com Eddie.
Bé: Ela vai ficar bem?
Jasmine: Deve ficar, vai lá. Não podes deixar ele ah espera.
Bé passava com a mão pela cabeça e começava a correr, enquanto Jasmine tentava levar a mulher até a enfermaria. Então a cena muda para Bé correndo em outra direção alternativa para não se encontrar com Eddie antes de chegar no escritorio, ele reclamava enquanto acelerava o passo.
Bé: Raios! Arrr.
Então Bé caminhava chegando até ao escritório.

Então Bé abria a porta, lá ele encontrava Eddie. Bé então dava um passo claramente incomodado apenas com a presença do palhaço que estava sentado na cadeira atrás da secretaria.
Eddie: Fecha a porta.
Então Bé encostava a porta e se aproximava um pouco, Eddie se levantava, este se queixava das costas visto que ainda não tinha tratado da ferida. Então Eddie tirava sua camisa de fora a encostando em um cabide.
Eddie: Ok Sr. Bé. O que queres falar exatamente.
Bé passava com a mão pelo outro braço e desviava o olhar para outro lado, ele na verdade, não queria falar nada sequer com seu pai. Alias, ele possivelmente não o queria nem ver naquele momento.
Bé: Sobre ontem...
Eddie: Olha, eu estava zangado! E tu mereces-te aquela lição. Chega até aqui.
Bé parecia intimidado enquanto Eddie se aproximava da janela.
Eddie: Anda cá, eu não te vou machucar! Bem, não hoje. Talvez não. Ou sei lá...
Então Bé se aproximava ambos ficavam olhando pela janela, onde passava uma baleia por ali perto, Eddie observa com atenção enquanto fala para seu filho.
Eddie: Eu não fiz isto tudo pensando em mim. Eu não luto todos os dias contra a corrupção desta cidade pelo meu bem estar. Eu fiz tudo o que eu fiz, a pensar em ti e no teu irmão. Posso ser duro, mas é porque eu quero o melhor para vocês dois.
Bé: Pai, esta cidade... Ela é linda. Mas possivelmente poderias ter nos contado sobre ela.
Eddie: O que queres saber?
Bé: Eu me refiro, antes de nos trazer para cá.
Eddie: Era uma surpresa, palerma. Eu iria estragar a surpresa do século. Esta cidade não é para mim, é para ti. E está a ponto de ser totalmente independente.
Bé: Como assim?
Eddie: Temos produções, temos médicina, temos tudo aqui. Não vamos precisar mais sequer de ter contacto com todo o mundo exterior. Por isso temos planos de derrubar todas as salas confidenciais nas docas, e sermos 100% transparentes com nosso povo.
Aquela noticia claramente caiu mal em Bé.
Bé: Mas... E se quisermos coisas novas?
Eddie: Temos inventores também. E tecnologia absurda de boa.
Bé: Eu me refiro, conhecer novas pessoas, ahhhm...
Eddie: De que estás a falar? Temos centenas de pessoas por ai e tenho a certeza que conheces umas 10.
Bé: Eu me refiro. Talvez lá em cima haja mais liberdade?
Um silêncio um tanto quanto incomodativo paira no ar, que é quebrado por uma risada ainda mais incomodativo.
Eddie: BUAHAHAHAHahahaha.
Eddie: Bé, mas tu és burro?
Bé: Um pouco talvez...
Eddie: Eu tenho uma pergunta para te fazer Bé.
Ele não dizia nada, apenas ficaria em silêncio.
Eddie: Tu acreditas em Deus?
Bé parecia confuso no que responder, ele nunca teve tópicos religiosos com seu pai, apenas costumava concordar com tudo. Então decide ser honesto.
Bé: Não.
Eddie: E não deves. Deves de acreditar apenas em uma pessoa. Em ti mesmo. A ideia desta cidade é essa. Ficar afastado de fanatismos religiosos, onde todos têem o direito de acreditar no que quiserem sem serem julgados. Onde todos podem viver sendo pessoas com grande quatidade de dinheiro e poses, sem ter que lidar com um governo que ao invés de dar, rouba.
Eddie: Um lugar onde somos verdadeiramente livres. Um lugar onde um artista pode sonhar alto sem ser limitado, onde um trabalhador pode parar sem morrer ah fome, um lugar onde cada um é incentivado a seguir seus sonhos, ao invés de derrubado. Um lugar... Onde não existe Reis ou Deuses, apenas Homens.
Bé: Eu sei que estás a fazer isso tudo, por no fundo pensares em mim. Por isso eu devo agradecer, pai.
A palavra "pai" saia meio morta e lenta da boca de Bé, ele não era capaz de lhe falar que não queria estar ali, possivelmente por medo de um dos surtos de seu pai.
Eddie: Não tens de que, Bé.
Bé então se dirigia para sair da sala, até que Eddie lhe falou algo que o deixou parado.
Eddie: E quem é a tua amiga?
Bé fica parado, sem falar nada, claramente com medo de Eddie sequer saber da existencia de alguns amigos. Possivelmente Bé estaria até um tanto quanto paranóico em relação a seu pai, e talvez tivesse motivos para estar.
Bé: Que... Que amiga?
Eddie: Ahhh, não te faças de bobo. Não mais do que aquilo que já és! Aquela amiga que estava agarrada a ti a dançar no outro dia?
Bé: Não é minha amiga direito.
Eddie: Uhh, é mais intimida?
Bé: Não pai, é apenas alguém que eu conheci.
Eddie: Achas que consegues enganar o velhote? Conta me ou eu descubro por mim mesmo.
Bé: Ok, é minha amiga, mas mais nada, não é sobre isso que vim falar.
Eddie: É de que familia? Se não for Sawyer ou Rahner está aprovada. Odeio essas duas.
Bé: Não é.
Eddie: UHhhmm... Boa.
Bé: Bem eu tenho que ir.
Bé então apressado literalmente saia correndo do escritório. Ele seguia rumo para o esconderijo. A cena muda então para Filipe, que caminhava por uns jardins mais distantes procurando algo.
---

Então Filipe chegava batendo na porta, então uma mulher abre a porta, ela era de étnica diferente. A não parecia sequer alemã, pelo menos não era parecida com os sua familia, ele é negra, e tinha compridos cabelos escuros e bonitos. Ela estava vestida com simples roupas, assim que ela abre a porta fala com Filipe.

Voz: Quem é?
Filipe: Olá, Magna? Tens um momento para falar comigo?
Magda: É Magda, e não respondes-te a minha pergunta.
Filipe: Meu nome é Filipe, e eu venho, pedir alguns de seus químicos.
Magda: Pra que? Nunca ninguém se importa com as minhas coisas.
Filipe: Bem, tem uma fechadura perra, no qual eu não consigo abrir, no entando consegui informações que você... *interrompido*
Magda bate com a porta na cara de Filipe a fechando.
Filipe: É importante eu juro! Magda! Magda! Eu posso pagar.
Então ela voltava a abrir a porta.
Magda: 50€.
Filipe: Caralhos ma fodam.
Então voltava a fechar a porta porem Filipe com os dedos impedia.
Filipe: Espera, eu pago!
Magda: 60€.
Filipe: Mas que merda, o preço está a aumentar porque?
Magda: Aceitas-te o outro muito facilmente...
Filipe: ... Okay então fechamos nesse, sem aumentar mais!
Magda: Tá, não toques em nada.
Então ela finalmente abria a porta por completo, Filipe entrava, aviam vários fracos, maior parte redondos e com muitos liquidos no pequeno local, que era uma pequena oficina.
Filipe: Porque te dedicas a alquimia?
Magda: Nos disseram que podíamos ser e nos dedicarmos ao que quisermos que seriamos apoiados. Foi com essa treta que me convenceram a vir para aqui. E a ti como te convenceram?
Filipe: Complicado...
Magda: Te ofereceram dinheiro? Sonhos realizados? Paz?
Ela mexia em algumas prateleiras enquanto Filipe observa o local.
Filipe: Éhh... Eu não tive muita escolha mesmo.
Magda: Pff. E como queres abrir a porta, queres que eu crie e desenvolva umas chaves?
Filipe: Quero um jeito rápido e eficaz apenas para a abrir, sem me preocupar muito com danos.
Magda: Arromba ela.
Filipe: Ela é bem resistente.
Magda: Queres assaltar um cofre de banco?
Filipe: Não...
Ela então abre de uma gaveta tirando um pouco do que parecia com farrinha, ela colocava dentro de um fraco misturando com outros liquidos. Então metia alcool também e a poção ganhava um tom meio verde.
Filipe: Isso é... Acido?
Magda: Yeap.
Filipe: E isso vai abrir a porta?
Magda: Até a cabeça te abre se quiseres usar como shampoo.
Então Filipe segura na poção, esta levantava a mão e fazia um grunhido para chamar a atenção.
Magda: Nhunhu.
Filipe reclamava e tirava a carteira do bolso, então lhe dava uma nota de 50 euros. Magda olhava e fazia outro grunhido.
Magda: NHUNHU!
Filipe voltava a reclamar e lhe dava mais 10, então ela praticamente o empurrava para fora da pequena oficina. Filipe guardava a poção dentro do casaco e seguia rumo para o esconderijo.
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Então mais tarde o grupo dos 4 amigos se reagrupariam finalmente no esconderijo, eles esperaram ficar tarde para sair para sua missão.
Então Filipe chega colocando na mesa um frasco com a coloração verde. Os outros ficam todos a olhar para aquilo.
Bé: Quessa merda?
Filipe: Uma espécie de acido.
Henry: Isso vai resultar?
Filipe: Só tem um jeito de saber.
Henry: Vamos logo.
Então Henry pega no frasco e olha em volta.
Jasmine: É, talvez não devessemos ir todos, não sei.
Filipe: Ela tem razão, mas no entando também não vamos deixar Henry fazer isso sozinho.
Henry: Ué, não confias em mim?
Filipe: Não foi isso que falei.
Henry: Mas foi o que pensas-te?
Bé: Eu vou contigo, mais que não seja para segurança.
Henry: Não preciso de um guarda costas.
Bé: Então dá me isso que eu vou sozinho.
Henry: Nem fodendo. Vai que isto aqui é sumo de melancia.
Bé: Podes provar se quiseres.
Filipe: Sem perder mais tempo, então vão os dois.
Então Bé sai do esconderijo acompanhado por Sawyer, eles caminham de noite, com alguma cautela, eles vão até as docas.

Eles em uma entrada se escondem atrás de uma pequena esquina, eles observariam a movimentação no local, apenas alguns capangas de patrulha nocturna. Eles caminhavam agachados para não serem vistos, até finalmente chegarem na sala desejada.
Henry: Ok Bé, a porta é aqui.
Bé: Abre ela então, rápido.
Henry então tirava do bolso a poção, ele começava a entornar o liquido contra a a fechadura da porta de modo lento, mas parecia não acontecer nada.
Henry: Eu sabia, aquela maldita nos enganou. Quanto o teu irmão disse que ela cobrou por isso? Mas eu quebro ela ao meio, olha só.
Bé: Meu, xiu. Faz logo isso.
Henry: Não está a resultar!
Bé então se aproxima de Henry, lhe tirando das mãos o frasco que observa com atenção, ele remexe nele um pouco e o atira contra a porta, que começa a ter efeito, ambos se afastam se assustando com o barulho do ferro a derreter.
Henry: Agitar a poção e a arremessar, como sabias que era isso que tinhamos que fazer?
Bé: Não sabia, só já estava a ficar fodido.
Henry: Anda antes que alguém nos veja.
Então Henry usando o pé como uma forma de empurrar e quebrar o resto da fechadura da porta, entra seguido de Bé. Henry começa de forma bem rapida pegando em todos os papeis que via remexendo em vários, inclusive os jogando pelo ar.
Henry: O que é isto! Não são informações do submarino! São...
Bé: Filipe tinha razão, são recursos.
Henry parece meio que em pânico jogando vários papeis para o alto depois de os observar.
Henry: Explosivos Bé! Eles vão rebentar conosco! Porque querem nos explodir?
Bé: Não a nós palerma! Apenas a nossa saida.
Henry se aproxima e vê um rádio gigante, os olhos dele ficam vidrados naquilo se questionando se aquele rádio funcionava como rede forte o suficiente para contactar pessoas de fora.
Bé: Henry... Acho que descobrimos nossa saida.
Então Henry começa a caminhar, ele vê em um vidro outra sala ao lado, um submarino.
Henry: É a nossa chance, temos que ir embora. Agora!
Henry então começava a remexer em gavetas procurando uma chaves, quando Bé falava.
Bé: Hey, não sem meu irmão. Não sem Jasmine. Espera.
Henry abria uma porta porem ele era puxado por Bé.
Bé: Não vamos sair daqui sem eles!
Henry: Bé, tu sabes o quão raro que este submarino é, isto estar aqui?
Bé: Não pudemos deixar eles para trás.
Henry: Mas é só voltarmos depois com a policia para os virmos buscar!
Bé: Ninguém vai acreditar.
Henry: Bé, foda-se, vão nos dar ouvidos!
Bé: Não vão.
Henry: Eu não quero morrer aqui dentro de uma gaiola aquatica!
Bé: Se não fossemos nós tu já tinhas morrido aqui dentro da gaiola!
Henry parece não dar ouvidos e abre a porta, assim que ele pisa do outro lado, se ouve o som de um tiro, que acerta bem no meio da testa de Henry. O corpo de Henry parece ficar instantaneamente desanimado, e de forma lenta ele cai para trás, bem perto dos pés de Bé, que ficava paralisado a olhar para ele.
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Bé: Henry? Henry?
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Ele estava morto, escorria muito sangue pelo chão, Bé não se movia, seu rosto fica completamente pálido enquanto em frente entrava na sala o autor do tiro. Eddie.
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A culpa é tua Bé.
Bé: E-eu não...
A culpa é toda tua!
Bé: A-ah.
Eu fiz uma lei. E o meu proprio filho quebra ela?
Bé: H-he Nry?
Ele morreu porque tu o arrastas-te até aqui!
Bé: Não.
Sim! A tua consciência não pesa?
Bé: Henry?...
Meu filho! Meu próprio filho, um criminoso!
Bé: ...
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Bé então finalmente olhava em frente, vendo Eddie, ele estava claramente revoltado ao ver Bé ali com Henry, Eddie caminha, mesmo por cima do corpo morto do companheiro de Bé, Eddie então com sua mão esquerda agarra Bé pelo pescoço, ele aproxima seu rosto reclamando com ele.
Eddie: Tu estás a ver o que causas-te? Alias, tu estás a ver o que estás a fazer? O que te deu?
Eddie apertava o pescoço de Bé que claramente mostrava alguns problemas a respirar, ele com as mãos, ainda com sua espressão agonizada tenta tirar a pressão que Eddie lhe fazia.
Bé: Soltame.
Eddie: Tu acabas-te de quebrar a única lei que eu algum dia fiz nesta merda de cidade! E agora queres que eu te solte? Imaginas quanta vergonha de ti eu tenho neste momento?
Bé: Deixa me paz!
Eddie: Imaginas quanta vergonha eu tenho do meu próprio filho?
Bé: Eu não sou teu filho!
Bé usava sua força para empurar o braço de Eddie violentamente, após a tão rude resposta. Bé se afastava um pouco para trás com as mãos no pescoço enquanto Eddie apenas permanecia em silêncio.
Eddie: Haha. BUHAHAHAHAHA! Hahahrarahah! É mesmo? Bé... Tu não estás normal.
Bé: Que?
Eddie aponta a arma para Bé.
Eddie: Isso é para teu proprio bem.
Então Eddie dispara contra Bé, acertando bem no peito deste, Bé após ter sido alvejado começa a cambalear para trás e por fim cai no chão.
Bé: AHHHR!!!
Bé colocava a mão no ferimento que sangrava, este se esperniava no chão com algumas dores olhando para o sangue escorrendo, sangue dele mesmo. Bé levantava o rosto olhando para Eddie, que este lhe acerta uma coronhada com a arma, deixando Bé estendido completamente tonto, ele via as coisas ah roda, Eddie falava para um de seus capangas.
Eddie: Encontrem o irmão. E mandem prender os dois.
Bé não recordava muito mais do dialogo entre eles e perdeu os sentidos.
Continua...
Local: Oceano Atlântico - Carnivalia - Esconderijo.

O grupo estava reunido no seu esconderijo. Henry parecia mais no centro mostrando alguns mapas e documentos, enquanto Bé e Filipe pareciam olhar tentando prestar o máximo de atenção. Henry então remexia os papeis, e mostrava uma foto de uma entrada.




Henry: Aqui, é onde tem as informações cruciais sobre o submarino.
Bé: Que tipo de informações?
Henry: Saberemos quando pegar elas.
Bé: Como sabes que atrás dessa porta de ferro tem informações que nos podem ajudar?
Henry: Como podes ter reparado na "porta de ferro", ela é resistente, então está protegendo algo.
Filipe: Ah sério? Bem. No entando não fazemos a menor ideia do que está atrás dela.
Henry: Por isso mesmo que precisamos de chegar até lá.
Filipe: E se forem meros recursos?
Henry: Bem...
Jasmine: Deveríamos tentar ver de qualquer jeito.
Bé: Está bem, e onde isso ai está?
Henry: Foi tentando entrar nela que eu fui pego ontem com meus amigos. Ela está bem trancada e é muito dificil, talvez impossivel de derrubar.
Bé: Como podemos entrar lá então?
Henry: Beeeem...
Filipe: Também não sabes?
Henry: Estou a falar para pensarmos em algo.
Bé: Dá para encontrar as chaves dela?
Henry: Possivelmente estão com Eddie.
Jasmine pegava na foto observando ela.
Bé: Então mais vale abordar...
Filipe: Talvez consigas encontrar no quarto dele.
Bé: Não vou entrar lá...
Filipe: Então eu posso fazer-lo.
Bé: Não insistas nisso. Mais vale arrumar outro jeito.
Henry: Tipo como? Não existe modo de derrubar a porta de modo silêncioso só pra verificar o que está por trás, e iria deixar vestigios e rastos e podemos ser descobertos.
Jasmine: A fechadura não parece tão boa assim.
Filipe: Achas que consegues dar uma de James Bonds e abrir a fechadura com um clipe do cabelo?
Jasmine: Por quem me tomas? Tenho cara de quem arromba casas?
Bé: Claro que não. Tens cara de quem vive em uma casa de bonecas.
Filipe ria com o comentário enquanto Jasmine mostrava um ar estranho, enquanto Henry se mostra pensativo.
Henry: Talvez dê para queimar a fechadura e fazer parecer um acidente qualquer, ou um mini incendio ou assim.
Filipe: Ninguém aqui tem um isqueiro eu suponho, mas mesmo assim isso iria levar horas e iria derreter aquilo de forma que se calhar nem abria mais.
Jasmine: Não se for feito por alguém que saiba o que está a fazer.
Bé: Esse alguém não é nenhum de nós eu suponho?
Jasmine: Soube que tem uma alquimista na cidade, talvez ela nos possa ajudar.
Henry: Eu conheço ela. Magda não vai nos ajudar.
Jasmine: Porque não?
Henry: Tenho a certeza que deve andar ocupada procurando uma pedra filosofal qualquer.
Bé: Se ela nos pode ser util, então eu posso ser convincente.
Henry: Não conheces ela, ela é egoísta, egocêntrica, arrogante, detestável, feia e sem noção de nada!
Filipe: Espera, dizes-te feia?
Bé: Isso não importa!
Jasmine: Talvez estejas a exagerar um pouco.
Henry: Isso porque não a conheces! Prefiro ir ali abrir a fechadura com os dentes!
Bé: Precisamos dela! E bem, e eu estou pouco me fodendo se tentasses abrir a fechadura com os dentes desque ela seja aberta!
Jasmine: Bé tem razão.
Bé: Otimo, lembra-me de lhe pagar uma ida ao dentista.
Jasmine: Não nessa parte!
Jasmine: Na parte que falas-te que precisamos dela!
Bé: Ata.
Henry: Otimo. Como é suposto convence-la a ajudar nos? "Hey olha só, sei que odeias todo o mundo, mas eu preciso de ajuda para abrir uma porta!"
Filipe: Já que te ofreces-te para seres tu a falar com ela... Sei que te vais sair bem.
Henry: Eu... Aff.
Henry faz um pequeno suspiro, eles ficam os três olhando para Henry ouvindo o que ele tem para dizer.
Henry: Mesmo que minha ficha criminal já tenha sido apagada não vale a pena andar me exibindo tão cedo, muito menos andar por ai pela cidade feito tolo ah procura de uma alquimista.
Bé: Não deveríamos julgar a pessoa pelo seu emprego, muito menos por sua aparência.
Bé olha para Jasmine que esboçava um pequeno sorriso timido, então Filipe fala.
Filipe: Muito bem, eu vou falar com ela para nos arranjar algo que consiga abrir a fechadura, pago a quantia e os custos e volto para aqui. Depois nos reunimos e vamos abrir essa porta e pegar nas informações.
Jasmine: Gosto desse plano.
Filipe: Obrigada.
Henry: Tá, tá. Mas não dês muita confiança a essas pessoas lá da familia Rahner.
Jasmine: Porque não?
Henry: Não são de confiança.
Jasmine: Têem motivos para não ser. A sua lider, ela...
Então Jasmine olha para Bé e Filipe que se questionavam porque Jasmine parou de falar.
Jasmine: Passou maus tratos pelo Eddie.
Bé: São apenas boatos.
Ela opta por não falar nada e então Filipe pega em algumas coisas.
Filipe: Ok então Henry. Onde eu posso encontrar ela?
Henry: Em Nárnia. Decerto ela anda por lá procurando pedras e tentando criar um elixir da vida qualquer.
Bé: Onde fica Nárnia?
Jasmine encolhe os ombros.
Filipe: Henry... Colabora.
Henry: Eu sei lá! Procura no mercado, possivelmente ela vai lá comprar materiais.
Filipe: No mercado então.
Bé: Eu vou contigo.
Filipe: É melhor não darmos muito nas vistas, eu vou sozinho.
Filipe então arruma algumas de suas coisas e sai do esconderijo, Jasmine puxa Bé pelo braço falando com o mesmo.
Jasmine: Podemos ir no shopping juntos.
Jasmine: Eu digo... Vai que ela vai comprar outras coisas ao invés de materiais desses.
Henry: O que pode uma alquimista desmiolada querer comprar em um... Shopping?
Jasmine: Uhhm... Potes?
Henry: Potes?
Henry fica olhando para Jasmine.
Jasmine: Tu sabes, frascos.
Henry: ...
Jasmine: Para fazer suas poções?
Henry: ...
Jasmine: Olha cala-te!
Henry: But... Ehr....
Bé acena que não com a cabeça olhando para Henry.
Bé: Sawyer, Sawyer, todos sabemos que o mais importante em alquimistas são seus potes e frascos.
Henry: Tenho quase a certeza que não sabes o que é um.
Bé: Claro que sei.
Henry: O que é?
Bé: Se estás me a perguntar é porque és tu quem não sabe.
Henry: ...
Jasmine: Vamos!
Então Jasmine puxa Bé pelo braço para fora do esconderijo deixando Henry sozinho. Henry suspira e a cena muda para Filipe que caminhava até ao mercado..
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Filipe: Bem... Como é suposto agora eu encontrar uma pessoa em especifico?
Filipe olha em volta e vê várias pessoas no comércio, alguns vendedores fornecendo produtos a aldeões, outros trabalhadores ali perto, e gente de várias familias diferentes.
Filipe: Talvez seja melhor perguntar em um lugar especifico... Tenho a certeza que o ferreiro deve ter contacto com ela.
Então ele caminha procurando a forja do ferreiro, ele abre o estabelecimento e entra, porem do nada alguém lhe acerta com uma vassoura na cabeça.
Filipe: AH mas que caralho!
Ele olha para o lado e vê o fachineiro local reclamando com ele.
Filipe: Porra Giverlok, isso foi porque?
Giverlok: Para aprenderes a limpar os pés antes de entrar! Não ando eu a varrer isso todos os dias para entrar aqui um imundo todo sujo!
Filipe: Eu nem sabia que trabalhavas aqui.
Então Filipe ia para o tapete sacudindo os és, enquanto Giverlok o olhava de lado, então Filipe continuava a caminhar passando ao lado de um pequeno balcão. Ele ouvia o som de um martelo a bater em ferro, então ele ia até a sala da forja onde estava o ferreiro trabalhando em algo.
Filipe: Olá, bom dia.
Ferreiro: Como sabes que é bom dia?
Filipe: Bem, no meu relógio diz que é de dia.
Ferreiro: Mas consegues ver o dia? Sendo que onde vivemos não existe sol ou lua? E consegues distinguir se o dia é bom ou se é chuvoso pelo teu relógio?
Filipe: Bem... Isso realmente dá o que pensar, mas na verdade não estou aqui por isso.
Ferreiro: Não queres conversar? Ok então.
Então o ferreiro parava de bater no item que estava a trabalhar, ele limpa a testa com seu braço livre e olha para Filipe, então ele comenta.
Ferreiro: Se estás a procura de armas, não te irei fazer nenhuma, "Mr. Edward" proibiu o seu fabrico.
Filipe: Na verdade, eu só vim perguntar por uma informação.
Ferreiro: Afinal queres conversar então? Muito bem, não me dá lucro, mas podes falar.
Então o trabalhador se virava olhando para o item voltando a dar algumas marteladas.
Filipe: Posso lhe pagar as informações.
Ferreiro: Então precisas de realmente informações importantes ao ponto de me pagares por elas?
Filipe: Talvez nem tanto.
Ferreiro: Guarde o seu dinheiro rapaz. Eu trabalho para ganhar o meu, fala só logo o que queres.
Então ele pousava o martelo e levantava o item, que parecia uma placa de ferro, ele apenas desvia o olhar para Filipe quando o mesmo lhe pergunta.
Filipe: Soube que tem uma alquimista na cidade, preciso de a encontrar.
Ferreiro: Pra que?
Filipe: Questões de trabalho.
Ferreiro: Não é uma questão de trabalho, porque se fosse, estou cá eu.
Então ele pousava o item, o homem parecia ser bem inteligênte, porem Filipe não queria revelar o que estava a acontecer e apenas fala.
Filipe: Bem, talvez seja mais do que trabalho, e talvez seja algo que não diga a respeito a mais ninguém.
Filipe então dava a entender que eram motivos pessoais, Ferreiro então questionava.
Ferreiro: Qual o teu nome?
Filipe: Henry Sawyer.
Então o ferreiro parecia acreditar, e sendo praticamente enganado por Filipe.
Ferreiro: Soube que vocês se odiavam de morte, fico feliz que queiram resolver as coisas.
Então o homem finalmente pousava o trabalho e se aproximava de Filipe, ele falava algumas ruas e lhe dava indicações da localização. Então a cena muda para Bé e Jasmine.
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Eles caminhavam a passar por várias lojas, Jasmine parecia bem animada olhando por algumas vitrinas, enquanto Bé a acompanhava. Estes entravam no andar de cima olhando para a beleza das lojas, com várias pessoas por ali conversando ou comprando coisas, Bé observa também de modo curioso.
Jasmine: Não custumas vir muito aqui pois não?
Bé: Nem por isso.
Jasmine: Olha só.
Ela então puxava Bé pela T-shirt mostrando um estabelecimento especifico.
Jasmine: Aqui onde eu fiz meu penteado.
Bé: Sério? Talvez faça outro ai.
Jasmine: Eu gosto das tuas rastas. Ficam te bem.
Bé: Que bom. Tenho a certeza que deves passar muito tempo nesse cabeleireiro.
Jasmine: Não tanto quanto eu gostaria. Minha familia... Ficou um pouco pobre. Então eu evito gastar muito dinheiro.
Bé: Olha só, está estragado isso?
Ele se aproxima de um placar que costumava piscar, Jasmine então vai até a parece abrindo um quadro de luz, e puxa uma alavanca que liga o placar.

Eles olhavam de longe para o placar brilhando.
Bé: Alah, é um soldadinho de chumbo?
Jasmine: É publicidade, daquela loja de presentes.
Ela apontava para o lado e então Bé fala.
Bé: Uma loja de presentes? Vem, eu vou te comprar um.
Bé se virava para o lado e começava a caminhar. Então Jasmine segurava na T-shirt de Bé, ela levantava as pontas dos pés e se inclinava para trás, Bé estando distraido a puxa um pouco arrastando ela pela parte de trás dos pés.
Jasmine: Espera!
Então Bé parava e se voltava de novo para ela.
Jasmine: Eu não preciso de presentes.
Bé: Claro que não. Mas o que conta é a intenção não é?
Jasmine: Tu já me deste um presente?
Bé: Qual?
Jasmine: A tua companhia.
Jasmine virava um pouco o rosto para o lado, ela não fazia muitos elogios. Então ele mostrava um pequeno sorriso, que não era muito visto em seu rosto naquela epóca.
Jasmine: Vem, vamos no teatro.
Bé: Acho que não está a rolar nenhuma peça neste momento.
Jasmine: Quem se importa?
Então Jasmine caminha com Bé, eles praticamente corriam por umas escadarias pelas tão belos establecimentos de Carnivalia, Bé seguia ela até ao teatro local, que parecia abandonado naquele dia, visto que não havia sequer qualquer evento a decorrer ou sequer marcado.

Bé: Nós não deveriamos estar aqui.
Jasmine: Porque não? Ninguém quer saber.
Jasmine vinha até ao pequeno palco, enquanto Bé ficava mais afastado. Ela fazia umas pequenas danças de valet possivelmente actuando, enquanto Bé apenas observa.
Bé: Não, ainda não sabes dançar.
Jasmine: Eu tive aulas de dança!
Bé: Não significa que tenhas aprendido.
Jasmine ria enquanto puxava algumas cortinas, apenas mexendo nas mesmas quando fala para Bé.
Jasmine: Vem aqui, faz uma atuação qualquer.
Bé: Eu? Sou horrivel a representar.
Jasmine: Bem... Eu pensei que fosses um bom palhaço.
Ele mostrava um ar pensativo e então respondia de um jeito menos animado.
Bé: É diferente. Um bom palhaço não representa, ele simplesmente é.
Jasmine: Vocês improvisam?
Bé: Mais ou menos. Temos temas para as palhaçadas, mas fazemos elas do jeito que queremos.
Jasmine: Faz uma demonstração!
Jasmine desce do palco e vem puxando Bé até ele e se afasta um pouco.
Bé: Como assim?
Jasmine: De palhaço.
Bé: Ah é que...
Jasmine: Vai, faz me rir.
Bé: Eu não estou muito animado para isso.
Jasmine: Conta umas piadas qualqueres.
Então algum silêncio é feito por Bé que ficava estranhamente quieto, sem falar nada ou se mover muito.
Bé: ...
Jasmine: Desculpa, eu não insisto mais nisso.
Bé: Não é isso. Não estás a ouvir algo?
Então Jasmine parava quieta também e podia se ouvir o som da voz de uma mulher ao fundo gritando e reclamando, possivelmente ela estaria correndo.
Jasmine: O que?
Bé: Vem ai alguém, não podem nos ver aqui.
Jasmine: Anda.
Ela puxa Bé ambos não têem muito tempo e se escondem debaixo de uma mesa enquanto os distantes passos ficavam cada vez mais perto e surgia pelos backstages do palco, uma mulher. Ela era justamente a representante da familia Rahner, ela era chutada por Eddie fazendo a mulher cair pelo centro do palco.


Jasmine e Bé ficavam deitados de barriga para baixo, debaixo da mesa espreitando. Bé ficava completamente inquieto ao ver seu pai, porem Jasmine colocava seu braço direito por cima de Bé e aproximava seu rosto dele.
Jasmine (Sussurrando): Xihhh... Ele não nos viu.
Ele se acalmava um pouco e Eddie tirava das costas uma faca, que estava espetada perto do ombro dele, parecia uma faca de cozinha, ele observa a faca enquanto se aproximava de Rahner.
Eddie: Uma facada nas costas? Sério? BUhahaha. Olha só, desde quando te tornas-te em uma lutadora amadora? Se quiseres eu posso te ensinar algumas coisas.
Rahner: Eu te odeio Eddie! Eu te odeio!
Eddie: Eu também odeio todo o mundo e não me vês por ai matando geral que eu odeio! Bem na verdade vês, mas eu sou profissional nisso!
Rahner: Tu não mereces liderar esta cidade! Assassino de merda!
Bé parecia ficar bem inquieto porem ele era abraçado por Jasmine que o ficava a acalmar em silêncio.
Eddie: Eu mereço! Esta cidade, fui eu que contrui ela! E não foi para gente como TU mandar.
Rahner: O projecto nem era teu! Era meu, isto me pertence por direito!
Eddie: Avah, cadê aquela Rahner daria qualquer coisa pela sua miserável e irrelevante vida? Tem nem graça te torturar mais.
Rahner: Eu te mato mais tarde ou mais cedo! Psicopata nojento!
Eddie jogava a faca suja de sangue para o chão para perto de Rahner.
Eddie: Vai em frente. Quero te ver tentar.
Rahner mostra um ar de rancor e pegava na faca enquanto se recompoe, Eddie virava as costas que já tinha lá uma marca.
Eddie: Vai, fere me como se tua vida depende-se disso... Que por acasso até depende, buahuaha.
A mulher apertava a faca com a mão e se levantava, ela tentava saltar nas costas de Eddie e se pendurava nele, então Rahner levanta a faca com a mão direita e tentava o atingir no pescoço, porem Eddie conseguia prever o golpe e com sua mão agarra o pulso direito dela impedindo o golpe.
Eddie: Tão previsível.
Eddie então jogava seu corpo para trás e atirava Rahner com um Takedown, fazendo esta dar a volta e cair de costas no chão, ele então torcia o pulso dela fazendo esta reclamar e largar a faca, Rahner se tenta levantar porem Eddie apoia seu joelho no corpo dela a impedindo, ele agarra na faca e fala.
Eddie: E agora? Já chegamos na parte que imploras pela vida?
Rahner: Vai te foder!
Rahner cospe na cara de Eddie, que limpa com seu braço. Ele olhava para Rahner se remexendo.
Eddie: Muito bem então.
Eddie então acertava uma cotovelada nela fazendo esta ficar mais quieta, então Eddie com a mão esquerda segura nela pelos cabelos, e a aproximava a direita do pescoço a mesma. Lá debaixo da mesa Bé e Jasmine continuavam a observar.
Jasmine (Sussurrando): Ele vai matar ela, precisamos fazer algo.
Bé (Sussurrando): Se interferimos ele corta meu olho fora e mata ela de qualquer jeito.
Jasmine (Sussurrando): Não podemos deixar ela morrer...
Então Bé pensa um pouco, ele com um ar completamente indignado, pega no seu telemovel e liga para Eddie. Este sente seu telemovel a tocar desviando sua atenção.
Eddie: Ahhh, agora não! Logo na melhor parte?
Ele com sua mão esquerda desliga e volta a agarrar em Rahner pelos cabelos, então voltam a lhe ligar.
Eddie: Porra. Segura aqui.
Eddie espeta a faca no braço de Rahner que começava a gritar com dores. Eddie com a mão esquerda lhe tapava a boca segurando nela e tentando abafar os gritos.
Eddie: É para segurares mas é para tares calada!
Então ele com a mão direita atende o telemovel e fala.
Eddie: O que queres seu filho dum cabrão?
Bé (Sussurrando): Ahh.... Pai...
Eddie: Estou ocupado!
Ele fazia mais pressão com a mão esquerda sufocando Rahner.
Bé (Sussurrando): Precisamos falar sobre aquilo de ontem.
Eddie: Isso pode esperar.
Bé (Sussurrando): Agora, pai.
Então Eddie mostrava um ar pensativo e após um suspiro, fala.
Eddie: Tá bom, nos encontramos no escritório.
Então ele desligava o tele o guardando, e fala para Rahner.
Eddie: Esta "conversa" ainda não acabou.
Ele então se levantava se queixando de seu próprio ferimento e saia do teatro, enquanto Rahner ficava reclamando de dores. Enquanto quando finalmente Eddie saia do recinto, Jasmine e Bé rastejavam para fora da mesa indo socorrer a mulher.
Bé: Miss Rahner?
Jasmine: Ela não me parece bem.
Rahner: Ahhr... Quem são vocês?
Bé: Eu sou Bé.
Rahner: O que é um Bé?
Jasmine: Estamos aqui para lhe ajudar.
Rahner: Que bom...
Então Jasmine e Bé levantavam ela, Bé falava.
Bé: Precisamos de tratar do ferimento dela.
Jasmine: Precisamos?
Bé: Sim.
Jasmine: Eu preciso. Tens que ir ter com Eddie.
Bé: Ela vai ficar bem?
Jasmine: Deve ficar, vai lá. Não podes deixar ele ah espera.
Bé passava com a mão pela cabeça e começava a correr, enquanto Jasmine tentava levar a mulher até a enfermaria. Então a cena muda para Bé correndo em outra direção alternativa para não se encontrar com Eddie antes de chegar no escritorio, ele reclamava enquanto acelerava o passo.
Bé: Raios! Arrr.
Então Bé caminhava chegando até ao escritório.

Então Bé abria a porta, lá ele encontrava Eddie. Bé então dava um passo claramente incomodado apenas com a presença do palhaço que estava sentado na cadeira atrás da secretaria.
Eddie: Fecha a porta.
Então Bé encostava a porta e se aproximava um pouco, Eddie se levantava, este se queixava das costas visto que ainda não tinha tratado da ferida. Então Eddie tirava sua camisa de fora a encostando em um cabide.
Eddie: Ok Sr. Bé. O que queres falar exatamente.
Bé passava com a mão pelo outro braço e desviava o olhar para outro lado, ele na verdade, não queria falar nada sequer com seu pai. Alias, ele possivelmente não o queria nem ver naquele momento.
Bé: Sobre ontem...
Eddie: Olha, eu estava zangado! E tu mereces-te aquela lição. Chega até aqui.
Bé parecia intimidado enquanto Eddie se aproximava da janela.
Eddie: Anda cá, eu não te vou machucar! Bem, não hoje. Talvez não. Ou sei lá...
Então Bé se aproximava ambos ficavam olhando pela janela, onde passava uma baleia por ali perto, Eddie observa com atenção enquanto fala para seu filho.
Eddie: Eu não fiz isto tudo pensando em mim. Eu não luto todos os dias contra a corrupção desta cidade pelo meu bem estar. Eu fiz tudo o que eu fiz, a pensar em ti e no teu irmão. Posso ser duro, mas é porque eu quero o melhor para vocês dois.
Bé: Pai, esta cidade... Ela é linda. Mas possivelmente poderias ter nos contado sobre ela.
Eddie: O que queres saber?
Bé: Eu me refiro, antes de nos trazer para cá.
Eddie: Era uma surpresa, palerma. Eu iria estragar a surpresa do século. Esta cidade não é para mim, é para ti. E está a ponto de ser totalmente independente.
Bé: Como assim?
Eddie: Temos produções, temos médicina, temos tudo aqui. Não vamos precisar mais sequer de ter contacto com todo o mundo exterior. Por isso temos planos de derrubar todas as salas confidenciais nas docas, e sermos 100% transparentes com nosso povo.
Aquela noticia claramente caiu mal em Bé.
Bé: Mas... E se quisermos coisas novas?
Eddie: Temos inventores também. E tecnologia absurda de boa.
Bé: Eu me refiro, conhecer novas pessoas, ahhhm...
Eddie: De que estás a falar? Temos centenas de pessoas por ai e tenho a certeza que conheces umas 10.
Bé: Eu me refiro. Talvez lá em cima haja mais liberdade?
Um silêncio um tanto quanto incomodativo paira no ar, que é quebrado por uma risada ainda mais incomodativo.
Eddie: BUAHAHAHAHahahaha.
Eddie: Bé, mas tu és burro?
Bé: Um pouco talvez...
Eddie: Eu tenho uma pergunta para te fazer Bé.
Ele não dizia nada, apenas ficaria em silêncio.
Eddie: Tu acreditas em Deus?
Bé parecia confuso no que responder, ele nunca teve tópicos religiosos com seu pai, apenas costumava concordar com tudo. Então decide ser honesto.
Bé: Não.
Eddie: E não deves. Deves de acreditar apenas em uma pessoa. Em ti mesmo. A ideia desta cidade é essa. Ficar afastado de fanatismos religiosos, onde todos têem o direito de acreditar no que quiserem sem serem julgados. Onde todos podem viver sendo pessoas com grande quatidade de dinheiro e poses, sem ter que lidar com um governo que ao invés de dar, rouba.
Eddie: Um lugar onde somos verdadeiramente livres. Um lugar onde um artista pode sonhar alto sem ser limitado, onde um trabalhador pode parar sem morrer ah fome, um lugar onde cada um é incentivado a seguir seus sonhos, ao invés de derrubado. Um lugar... Onde não existe Reis ou Deuses, apenas Homens.
Bé: Eu sei que estás a fazer isso tudo, por no fundo pensares em mim. Por isso eu devo agradecer, pai.
A palavra "pai" saia meio morta e lenta da boca de Bé, ele não era capaz de lhe falar que não queria estar ali, possivelmente por medo de um dos surtos de seu pai.
Eddie: Não tens de que, Bé.
Bé então se dirigia para sair da sala, até que Eddie lhe falou algo que o deixou parado.
Eddie: E quem é a tua amiga?
Bé fica parado, sem falar nada, claramente com medo de Eddie sequer saber da existencia de alguns amigos. Possivelmente Bé estaria até um tanto quanto paranóico em relação a seu pai, e talvez tivesse motivos para estar.
Bé: Que... Que amiga?
Eddie: Ahhh, não te faças de bobo. Não mais do que aquilo que já és! Aquela amiga que estava agarrada a ti a dançar no outro dia?
Bé: Não é minha amiga direito.
Eddie: Uhh, é mais intimida?
Bé: Não pai, é apenas alguém que eu conheci.
Eddie: Achas que consegues enganar o velhote? Conta me ou eu descubro por mim mesmo.
Bé: Ok, é minha amiga, mas mais nada, não é sobre isso que vim falar.
Eddie: É de que familia? Se não for Sawyer ou Rahner está aprovada. Odeio essas duas.
Bé: Não é.
Eddie: UHhhmm... Boa.
Bé: Bem eu tenho que ir.
Bé então apressado literalmente saia correndo do escritório. Ele seguia rumo para o esconderijo. A cena muda então para Filipe, que caminhava por uns jardins mais distantes procurando algo.
---

Então Filipe chegava batendo na porta, então uma mulher abre a porta, ela era de étnica diferente. A não parecia sequer alemã, pelo menos não era parecida com os sua familia, ele é negra, e tinha compridos cabelos escuros e bonitos. Ela estava vestida com simples roupas, assim que ela abre a porta fala com Filipe.


Voz: Quem é?
Filipe: Olá, Magna? Tens um momento para falar comigo?
Magda: É Magda, e não respondes-te a minha pergunta.
Filipe: Meu nome é Filipe, e eu venho, pedir alguns de seus químicos.
Magda: Pra que? Nunca ninguém se importa com as minhas coisas.
Filipe: Bem, tem uma fechadura perra, no qual eu não consigo abrir, no entando consegui informações que você... *interrompido*
Magda bate com a porta na cara de Filipe a fechando.
Filipe: É importante eu juro! Magda! Magda! Eu posso pagar.
Então ela voltava a abrir a porta.
Magda: 50€.
Filipe: Caralhos ma fodam.
Então voltava a fechar a porta porem Filipe com os dedos impedia.
Filipe: Espera, eu pago!
Magda: 60€.
Filipe: Mas que merda, o preço está a aumentar porque?
Magda: Aceitas-te o outro muito facilmente...
Filipe: ... Okay então fechamos nesse, sem aumentar mais!
Magda: Tá, não toques em nada.
Então ela finalmente abria a porta por completo, Filipe entrava, aviam vários fracos, maior parte redondos e com muitos liquidos no pequeno local, que era uma pequena oficina.
Filipe: Porque te dedicas a alquimia?
Magda: Nos disseram que podíamos ser e nos dedicarmos ao que quisermos que seriamos apoiados. Foi com essa treta que me convenceram a vir para aqui. E a ti como te convenceram?
Filipe: Complicado...
Magda: Te ofereceram dinheiro? Sonhos realizados? Paz?
Ela mexia em algumas prateleiras enquanto Filipe observa o local.
Filipe: Éhh... Eu não tive muita escolha mesmo.
Magda: Pff. E como queres abrir a porta, queres que eu crie e desenvolva umas chaves?
Filipe: Quero um jeito rápido e eficaz apenas para a abrir, sem me preocupar muito com danos.
Magda: Arromba ela.
Filipe: Ela é bem resistente.
Magda: Queres assaltar um cofre de banco?
Filipe: Não...
Ela então abre de uma gaveta tirando um pouco do que parecia com farrinha, ela colocava dentro de um fraco misturando com outros liquidos. Então metia alcool também e a poção ganhava um tom meio verde.
Filipe: Isso é... Acido?
Magda: Yeap.
Filipe: E isso vai abrir a porta?
Magda: Até a cabeça te abre se quiseres usar como shampoo.
Então Filipe segura na poção, esta levantava a mão e fazia um grunhido para chamar a atenção.
Magda: Nhunhu.
Filipe reclamava e tirava a carteira do bolso, então lhe dava uma nota de 50 euros. Magda olhava e fazia outro grunhido.
Magda: NHUNHU!
Filipe voltava a reclamar e lhe dava mais 10, então ela praticamente o empurrava para fora da pequena oficina. Filipe guardava a poção dentro do casaco e seguia rumo para o esconderijo.
---

Então mais tarde o grupo dos 4 amigos se reagrupariam finalmente no esconderijo, eles esperaram ficar tarde para sair para sua missão.
Então Filipe chega colocando na mesa um frasco com a coloração verde. Os outros ficam todos a olhar para aquilo.
Bé: Quessa merda?
Filipe: Uma espécie de acido.
Henry: Isso vai resultar?
Filipe: Só tem um jeito de saber.
Henry: Vamos logo.
Então Henry pega no frasco e olha em volta.
Jasmine: É, talvez não devessemos ir todos, não sei.
Filipe: Ela tem razão, mas no entando também não vamos deixar Henry fazer isso sozinho.
Henry: Ué, não confias em mim?
Filipe: Não foi isso que falei.
Henry: Mas foi o que pensas-te?
Bé: Eu vou contigo, mais que não seja para segurança.
Henry: Não preciso de um guarda costas.
Bé: Então dá me isso que eu vou sozinho.
Henry: Nem fodendo. Vai que isto aqui é sumo de melancia.
Bé: Podes provar se quiseres.
Filipe: Sem perder mais tempo, então vão os dois.
Então Bé sai do esconderijo acompanhado por Sawyer, eles caminham de noite, com alguma cautela, eles vão até as docas.

Eles em uma entrada se escondem atrás de uma pequena esquina, eles observariam a movimentação no local, apenas alguns capangas de patrulha nocturna. Eles caminhavam agachados para não serem vistos, até finalmente chegarem na sala desejada.
Henry: Ok Bé, a porta é aqui.
Bé: Abre ela então, rápido.
Henry então tirava do bolso a poção, ele começava a entornar o liquido contra a a fechadura da porta de modo lento, mas parecia não acontecer nada.
Henry: Eu sabia, aquela maldita nos enganou. Quanto o teu irmão disse que ela cobrou por isso? Mas eu quebro ela ao meio, olha só.
Bé: Meu, xiu. Faz logo isso.
Henry: Não está a resultar!
Bé então se aproxima de Henry, lhe tirando das mãos o frasco que observa com atenção, ele remexe nele um pouco e o atira contra a porta, que começa a ter efeito, ambos se afastam se assustando com o barulho do ferro a derreter.
Henry: Agitar a poção e a arremessar, como sabias que era isso que tinhamos que fazer?
Bé: Não sabia, só já estava a ficar fodido.
Henry: Anda antes que alguém nos veja.
Então Henry usando o pé como uma forma de empurrar e quebrar o resto da fechadura da porta, entra seguido de Bé. Henry começa de forma bem rapida pegando em todos os papeis que via remexendo em vários, inclusive os jogando pelo ar.
Henry: O que é isto! Não são informações do submarino! São...
Bé: Filipe tinha razão, são recursos.
Henry parece meio que em pânico jogando vários papeis para o alto depois de os observar.
Henry: Explosivos Bé! Eles vão rebentar conosco! Porque querem nos explodir?
Bé: Não a nós palerma! Apenas a nossa saida.
Henry se aproxima e vê um rádio gigante, os olhos dele ficam vidrados naquilo se questionando se aquele rádio funcionava como rede forte o suficiente para contactar pessoas de fora.
Bé: Henry... Acho que descobrimos nossa saida.
Então Henry começa a caminhar, ele vê em um vidro outra sala ao lado, um submarino.
Henry: É a nossa chance, temos que ir embora. Agora!
Henry então começava a remexer em gavetas procurando uma chaves, quando Bé falava.
Bé: Hey, não sem meu irmão. Não sem Jasmine. Espera.
Henry abria uma porta porem ele era puxado por Bé.
Bé: Não vamos sair daqui sem eles!
Henry: Bé, tu sabes o quão raro que este submarino é, isto estar aqui?
Bé: Não pudemos deixar eles para trás.
Henry: Mas é só voltarmos depois com a policia para os virmos buscar!
Bé: Ninguém vai acreditar.
Henry: Bé, foda-se, vão nos dar ouvidos!
Bé: Não vão.
Henry: Eu não quero morrer aqui dentro de uma gaiola aquatica!
Bé: Se não fossemos nós tu já tinhas morrido aqui dentro da gaiola!
Henry parece não dar ouvidos e abre a porta, assim que ele pisa do outro lado, se ouve o som de um tiro, que acerta bem no meio da testa de Henry. O corpo de Henry parece ficar instantaneamente desanimado, e de forma lenta ele cai para trás, bem perto dos pés de Bé, que ficava paralisado a olhar para ele.
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Bé: Henry? Henry?
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Ele estava morto, escorria muito sangue pelo chão, Bé não se movia, seu rosto fica completamente pálido enquanto em frente entrava na sala o autor do tiro. Eddie.
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A culpa é tua Bé.
Bé: E-eu não...
A culpa é toda tua!
Bé: A-ah.
Eu fiz uma lei. E o meu proprio filho quebra ela?
Bé: H-he Nry?
Ele morreu porque tu o arrastas-te até aqui!
Bé: Não.
Sim! A tua consciência não pesa?
Bé: Henry?...
Meu filho! Meu próprio filho, um criminoso!
Bé: ...
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Bé então finalmente olhava em frente, vendo Eddie, ele estava claramente revoltado ao ver Bé ali com Henry, Eddie caminha, mesmo por cima do corpo morto do companheiro de Bé, Eddie então com sua mão esquerda agarra Bé pelo pescoço, ele aproxima seu rosto reclamando com ele.
Eddie: Tu estás a ver o que causas-te? Alias, tu estás a ver o que estás a fazer? O que te deu?
Eddie apertava o pescoço de Bé que claramente mostrava alguns problemas a respirar, ele com as mãos, ainda com sua espressão agonizada tenta tirar a pressão que Eddie lhe fazia.
Bé: Soltame.
Eddie: Tu acabas-te de quebrar a única lei que eu algum dia fiz nesta merda de cidade! E agora queres que eu te solte? Imaginas quanta vergonha de ti eu tenho neste momento?
Bé: Deixa me paz!
Eddie: Imaginas quanta vergonha eu tenho do meu próprio filho?
Bé: Eu não sou teu filho!
Bé usava sua força para empurar o braço de Eddie violentamente, após a tão rude resposta. Bé se afastava um pouco para trás com as mãos no pescoço enquanto Eddie apenas permanecia em silêncio.
Eddie: Haha. BUHAHAHAHAHA! Hahahrarahah! É mesmo? Bé... Tu não estás normal.
Bé: Que?
Eddie aponta a arma para Bé.
Eddie: Isso é para teu proprio bem.
Então Eddie dispara contra Bé, acertando bem no peito deste, Bé após ter sido alvejado começa a cambalear para trás e por fim cai no chão.
Bé: AHHHR!!!
Bé colocava a mão no ferimento que sangrava, este se esperniava no chão com algumas dores olhando para o sangue escorrendo, sangue dele mesmo. Bé levantava o rosto olhando para Eddie, que este lhe acerta uma coronhada com a arma, deixando Bé estendido completamente tonto, ele via as coisas ah roda, Eddie falava para um de seus capangas.
Eddie: Encontrem o irmão. E mandem prender os dois.
Bé não recordava muito mais do dialogo entre eles e perdeu os sentidos.
Continua...